Aprendizagem organizacional
POR: Juliana do Couto Bemfica e Mônica Erichsen Nassif Borges
O artigo discute a noção de aprendizagem organizacional tendo a informação como pano de fundo. Descreve abordagens vigentes e sua fragilidade como modelos baseados no paradigma reducionista. Apresenta alternativas que consideram a complexidade das organizações contemporâneas e que podem contribuir para o aprofundamento do conhecimento acerca do operar da informação no processo cognitivo, bem como para abordar, de forma mais fundamentada e menos pragmática, a questão da informação como recurso gerencial.
O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de aprendizagem organizacional e os conceitos congêneres de organização de aprendizagem, organização que aprende e conhecimento organizacional, tendo como pano de fundo a importância que a informação passou a ter para a sociedade contemporânea.
Nossa motivação decorre da incidência, na literatura predominante sobre o assunto, de abordagens que assumem como inexorável o predomínio dos interesses de mercado sobre os da sociedade e fundamentam um arcabouço teórico para legitimá-lo. Em geral, esta produção consiste na avaliação de um caso bem-sucedido ou na enumeração de uma coletânea de casos a partir do que são extraídos procedimentos e regularidades que se transformam em regras gerais que passam a ser prescritas como solução de sucesso universal. Poucos autores se preocupam em construir uma base teórica que leve em conta as condições e características específicas das organizações como fatores relevantes para o que se poderia denominar aprendizagem organizacional.
Procuramos, portanto, incorporar algumas reflexões a partir de perspectivas que enfatizam a complexidade das organizações contemporâneas e colocam sub judice relações determinísticas de causalidade.
ABORDAGENS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL BASEADAS NO PARADIGMA DOMINANTE
A aprendizagem organizacional, tema clássico da teoria das