Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental
Helena Copetti Callai
A geografia, como componente curricular (tradicional) na escola básica, também se modifica, seja por força das políticas (PCNs, por exemplo), seja por exigência da própria ciência.
Considerando que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania.
Ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante.
Fazer essa leitura demanda uma série de condições, que podem ser resumidas na necessidade de se realizar uma alfabetização cartográfica, e esse “é um processo que se inicia quando a criança reconhece os lugares, conseguindo identificar as paisagens”.
São os Círculos Concêntricos, que se sucedem numa sequencia linear, do mais simples e próximo ao mais distante.
A superação dessa lógica de que a criança aprende por níveis hierarquizados – no caso do espaço, por níveis espaciais que vão se ampliando sucessivamente – requer o estabelecimento, pelo menos, de uma clareza de termos.
É preciso que haja concepções teórico-metodológicas capazes de permitir o reconhecimento do saber do outro, a capacidade de ler o mundo da vida e reconhecer a sua dinamicidade, superando o que está posto como verdade absoluta.
O professor, as suas concepções de educação e de geografia, é que podem fazer a diferença. “O conhecimento geográfico produzido na escola pode ser o explicitamento do diálogo entre a interioridade dos indivíduos e a exterioridade das condições do espaço geográfico que os condiciona”.
A clareza teórico-metodológica é fundamental para que o professor possa contextualizar os seus saberes, os dos seus alunos, e os de todo o mundo à sua volta.
Nesse caminho em que tudo