Apreciação Crítica da reportagem “Deficiência visual: o mundo pelo toque”
A reportagem aborda a vida de Thiago Ignatti Borges, 11 anos, que possui a deficiência visual e como sua professora da Segunda Série (atual Terceiro ano), Maria Zenaide Novaes, buscou desde o inicio a relação de interação dele com os demais alunos. Desde que tinha 1 ano de idade, a mãe de Thiago procurou a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara). Foi lá que ele conquistou autonomia em tarefas como trocar de roupa e iniciou-se no braile, que depois aperfeiçoou com uma professora particular. Pensava ser essencial seu contato com a escola regular.
No entanto, por mais que tivesse adquirido mais autonomia e tivesse iniciado seu primeiro contato com braile, sua experiência com a escola não foi satisfatória de inicio. Os professores pareciam não ter cuidado com o menino e nem atenção, o que lhe deixava desestimulado para continuar frequentando o colégio. Foi quando mudou de escola e teve um tratamento muito mais adequado as suas necessidades, através do zelo e preocupação que a professora Maria Zenaide tinha por ele. Foi ali e através do tato que Thiago pode ir conhecendo melhor seus colegas de classe. E o mesmo se deu com o espaço da sala, isto é, incentivou o toque nas mesas, cadeiras e todos os cantos e objetos ali presentes.
A dedicação as professora foi tão grande que até o samba Thiago já havia aprendido a dançar. Passou a participar de todas as atividades e tinha aula de reforço uma vez por semana para checar se estava aprendendo tudo correto.
Casos como este de Thiago e o incentivo de sua professora nos mostram que é possível estabelecer uma relação normal na escola com os demais alunos sendo portadores de deficiência ou não, tudo depende da boa vontade e de querer ajudar. Thiago evoluiu muito desde que ingressou na escola nova e nos mostrou que uma criança deficiente visual não precisa necessariamente de uma escola exclusiva para esses casos.