Apostila
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente
Algas Marinhas
Vermelhas: Diversidade e Aplicações
Luanda Pereira Soares
Instituto de Botânica
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e
Meio Ambiente
Curso de Capacitação de Monitores e Educadores
Algas Marinhas Vermelhas:
Diversidade e Aplicações
Doutoranda: Luanda Pereira Soares
Orientadora: Dra. Mutue Toyota Fujii
Núcleo de Pesquisa em Ficologia
São Paulo, outubro de 2012
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INTRODUÇÃO
Os seres vivos reunidos sob o nome de “algas” compreendem tanto bactérias (cianobactérias) como organismos eucariontes muito diversificados, formando um grupo artificial de organismos. O termo “algas” não apresenta significado taxonômico e esse grupo de organismos reúne diversas linhagens filogeneticamente diferentes (Reviers, 2010).
As
macroalgas
marinhas
podem
ser
definidas
como
plantas
avasculares que contem clorofila a e tem estruturas de reprodução simples. As algas verdes (Filo Chlorophyta) e as algas vermelhas (Filo Rhodophyta) estão classificadas no
reino
Plantae,
enquanto
as
algas
pardas
(Classe
Phaeophyceae) estão classificadas no Filo Heterokontophyta, dentro do Reino
Protista (Baldauf, 2003).
As algas vermelhas estão representadas por cerca de 6.000 espécies distribuídas em cerca de 700 gêneros (Norton et al., 1996; Brodie & Lewis,
2007), com apenas 3% ocorrendo em ambientes de água doce.
A SITUAÇÃO ATUAL DAS ALGAS VERMELHAS NO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
As algas vermelhas ou Rhodophyta formam uma das três principais linhagens (Fig. 1) de organismos fotossintetizantes que evoluíram após a endossimbiose de uma cianobactéria com a formação dos cloroplastos há mais de 1,5 bilhão de anos atrás (Rodríguez-Ezpeleta et al. 2005).
Baldauf (2008) faz uma revisão da filogenia e diversidade dos eucariotos e coloca as algas vermelhas no supergrupo Archaeplastida, que compreende três
linhagens
distintas:
Rhodophyta,
Glaucophyta
e
Chloroplastida