Apostila Solos 2004
E
IRRIGAÇÃO
Derli Prudente Santana
Luiz Marcelo Aguiar Sans
Sete Lagoas, MG Julho / 2004
APRESENTAÇÃO
A classificação é um meio de comunicação. As palavras que identificam uma classe de solo (ou qualquer objeto) representam uma síntese de tudo o que se sabe, sistematicamente, sobre os solos que pertencem àquela classe.
Dentro desse enfoque, o que se pretende com essas notas não é um curso completo sobre classificação de solos mas sim aprender a associar o nome das classes de solos, usadas no Brasil, com características importantes para a prática da irrigação.
As considerações aqui feitas baseiam-se principalmente em duas publicações referências listadas a seguir, e na experiência dos autores.
Publicações referências:
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos/ Rio de Janeiro, RJ). Sistema brasileiro de classificação de solos. – Brasília : Embrapa Produção de Informação; Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 1999. 412p. (CDD 631.44)
RESENDE, M.; CURI, N.; REZENDE, S.B. & CORRÊA, G.F. PEDOLOGIA: base para distinção de ambientes. Viçosa: NEPUT, 1995.304 p.: il. (CDD 631.4).
I. O SOLO EM PERSPECTIVA
Conceito de Solo
Ao longo da história o solo tem sido um elemento bastante familiar ao homem, que ele sempre dependeu para satisfazer sua necessidades básicas de locomoção, abrigo e alimentação. Assim, os conceitos de solo são quase tão variados quanto as atividades humanas que nele se desenvolvem. Cada indivíduo tem uma concepção mais identificadas com suas próprias atividades e interesse mas, mas quase sempre, muito pouco relacionada com o conhecimento da natureza do próprio solo. Por exemplo, enquanto que para o agricultor o solo pode ser visto apenas como o meio para o desenvolvimento das plantas, para o engenheiro o solo é o material de enchimento em aterros e barragens.
Os cientistas do solo preferem ver o solo como um “corpo natural da superfície da terra, alterada e biológicamente