APOSTILA RH
PREVENÇÃO E CONTROLE DE PERDAS
Sr. F., 40 anos, ajudante de limpeza da empresa há 1,5 ano. Sua tarefa, realizada com o auxílio de um colega, consiste na retirada de tambores com resíduos e sucata em diversos setores da fábrica, habitualmente executada utilizando-se carreta tracionada por veículo motorizado (jeepinho).
Quando da ocorrência do acidente, o veículo estava em pane, aguardando conserto há um mês. Por esta razão, vinha sendo utilizada uma carreta reserva com as seguintes características:
2,40 m de comprimento; 1,20 m de largura; 0,91 m de altura; quatro rodas com 0,20 m de diâmetro; peso de cerca de 100 kg (vazia) e tração manual. Deixada no pátio, sujeita a intempéries, tal carreta apresentava mal estado de conservação, com diversas equipes fazendo uso dela, sem designação de responsável e com manutenção genericamente atribuída aos ajudantes de limpeza.
Utilizando diariamente a carreta reserva há um mês, o Sr. F. e seu colega (Sr.Y), na manhã do acidente, iniciaram sua reparação pela troca das laterais. Prevendo que, pela ação da chuva, a carreta poderia deteriorar rapidamente, Sr. F. havia decidido fixar tiras de plástico rígido na face superior das laterais, material esse previamente obtido por ele em tambores de lixo e cortado nas dimensões das partes a proteger. Não há prescrição sobre como executar esse tipo de conserto e tampouco provisão de materiais necessários. Não possuindo caixa de ferramentas, o Sr. F. apanha um martelo que encontra no lixo na manhã do dia do acidente.
Durante a jornada, iniciada às 7h, o Sr. F. e seu colega retiram o lixo até por volta de 16h, quando essa tarefa, realizada em duplas, é interrompida em virtude da ausência não suprida do Sr.Y., que vai ao dentista. Alegando não gostar de parecer desocupado, Sr. F. retoma sozinho a reparação da carreta pela colocação das tiras de plástico na face superior das laterais. A primeira delas tem dimensões de 240 cm (comprimento) por 3,5 cm