Apostila PCI
Para conhecermos e estudarmos melhor o fogo e suas propriedades, necessariamente temos de conhecer determinadas características básicas de sua história e o seu papel para o desenvolvimento do homem. Desde a sua descoberta até a sua utilização hoje pelo homem.
O fogo tem exercido verdadeiro fascínio sobre o homem durante praticamente toda a sua existência. Os primeiros encontros do homem primitivo com o fogo ocorreram naturalmente ao serem observadas as árvores atingidas por raios, ou proveniente das atividades vulcânicas. A habilidade de observar os fenômenos naturais e a capacidade de análise, de aprendizado e de atuar modificando o meio às necessidades próprias promoveram a manutenção da espécie humana. Com tais atributos, pôde de forma progressiva dominar o uso do fogo e dessa maneira incrementar técnicas ao seu dia-dia como cozinhar, se aquecer, iluminar, sobrepujar espécies que os ameaçassem, proporcionar hábitos noturnos dependentes da visão, bem como expandir seu território para zonas mais frias - migrando da África, onde surgiu, para a Europa e para a Ásia.
Conhecer e reproduzir o fogo foram um evento muito relevante no desenvolvimento da civilização. Estima-se que 500000 anos a.C., mais precisamente no paleolítico superior, ocorreu o início desse processo.
Segundo alguns historiadores, foram os Pitecantropus (Homem de Pequim) os primeiros a manterem o fogo iniciado pela própria natureza. Outros já relatam que os grupos do Paleolítico Inferior eram apenas coletores de fogo enquanto que, a partir do Homem de Neandertal há evidências da produção do fogo. Possivelmente esses observaram que o choque de pedras ou mesmo o atrito entre galhos secos produzia calor e que de faísca podia produzir o fogo. A observação desses fenômenos de certo não foi de um dia para o outro, nem mesmo de um ano para outro, contudo a reunião dessas informações permitiu a produção e a utilização do fogo, que foi um grande avanço tanto para a cultura quanto