Apostila matematica financeira
Celebrações mais econômicas Para atender a expectativa dos lojistas, usamos mal o dinheiro em datas que não passam de simbolismo |
EM MUITOS PAÍSES, principalmente os de cultura anglo-saxã, hoje é Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados.
Como aqui, muitos lá fora fazem dessa data o momento de demonstrar seu amor de maneira incondicional, pagando um jantar no melhor restaurante ou comprando o mais magnífico buquê de flores com bombons refinados -mesmo que isso arruine as contas do apaixonado por vários meses.
Outros, mais céticos ou com menos verba, apenas veem esse dia como uma jogada comercial para elevar preços e trazer às lojas consumidores mais preocupados com o efeito da compra do que com a justiça dos preços.
De fato, esse é o propósito de datas como Dia da Criança, Dia das Mães e Dia dos Namorados.
No Brasil, segundo a Wikipedia, a tradição de são Valentim foi criada através de uma campanha da Associação Comercial de São Paulo e levada para o dia 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio.
Nesse período, o comércio e os serviços emolduram suas vitrines com corações e faturam alto com a paixão alheia. Os apaixonados, por sua vez, desembolsam o que jamais pagariam se não existisse um motivo forte como a obrigação do simbolismo da data.
Como consequência, os recursos que poderiam comprar dois ou três buquês de rosas ao longo do ano são gastos de uma só vez para atender à celebração.
É esse raciocínio que me leva a escrever sobre o tema em uma data que não é, de fato, o nosso Dia dos Namorados. Gastar bem é uma questão de planejamento.
No afã de atender a expectativas dos lojistas, usamos mal nosso dinheiro em celebrações que não passam de simbolismo. Em vez de comprar um buquê de três dúzias de rosas no Dia dos Namorados, não seria mais interessante para o relacionamento -e para o bolso- comprar meia dúzia de rosas todos os meses, exceto em junho?
Comprando fora do pico, fugimos da alta dos preços e driblamos parte