Apostila de tecnologia e meio ambiente
Lineu José Bassoi
Engenheiro Civil, Companhia de Temologia de Saneamento Ambiental
Milo Ricardo Guazelli
Engenheiro Mecânico, Agência Nacional de Vigilância Sanitário
PRESENTE E PASSADO
No início da década de 1960 não se imaginava que os problemas de gestão ambiental no Brasil fossem despertar, como hoje despertam, o interesse público e a preocupação por parte de profissionais de tão diversa formação como advogados, médicos, profissionais da saúde (enfermeiros, biomédicos e educadores em saúde pública, entre outros), administradores, biólogos, meteorologistas, jornalistas, economistas, professores do ensino médio, estatísticos, geógrafos, geólogos, químicos, pesquisadores, profissionais da educação e engenheiros das mais diversas modalidades. Também não se cogitava que esses profissionais viessem a se especializar em meio ambiente e a trabalhar juntos, em equipes multidisciplinares, na realização de estudos, projetos, obras e outros trabalhos ligados à gestão ambiental no âmbito de suas especialidades.
Na área urbana, a ênfase estava no saneamento básico - abastecimento de água potável, drenagem urbana, sistemas de esgotos sanitários, eventuais sistemas de tratamento de esgotos domésticos no nível primário e lixo doméstico. Em razão da natureza das obras e dos serviços públicos demandados, o concurso do engenheiro civil era postulado com freqüência, principalmente por causa de sua formação abrangente e diversificada em assuntos de engenharia. Os médicos sanitaristas e os profissionais de saúde a eles ligados dividiam a responsabilidade de diagnosticar e solucionar problemas de saúde pública, com ênfase sobre os que não dependiam diretamente de obras e de serviços de engenharia.
Com o passar dos anos, a gestão ambiental foi experimentando sofisticação, uma vez que os problemas de saúde pública e de poluição das águas, do ar e do solo foram se tornando mais complexos, exigindo cada vez mais especialistas e generalistas no