Apostila de Solda por Resistência
1 - FUNDAMENTOS DO PROCESSO
No processo de Soldagem a ponto por resistência (Resistance Spot Welding), as peças sobrepostas a serem soldadas são pressionadas uma contra a outra por meio de eletrodos movimentados por forças: mecânica, pneumática, hidráulica ou uma mistura delas. Em seguida, um curto pulso de baixa tensão e alta corrente é fornecido e passa pelos eletrodos, não consumíveis, através do material base. A resistência deste material base à passagem da corrente ocasiona uma quantidade de calor nas superfícies de contato das peças proporcional ao tempo, resistência elétrica e intensidade de corrente a qual deverá ser suficiente para permitir que esta região atinja o ponto de fusão do material formando-se uma região fundida que recebe o nome de lente de solda (Metals Handbook, 1983).
Quando o fluxo de corrente cessa, a força dos eletrodos ainda é mantida enquanto o metal de solda rapidamente resfria e solidifica. Os eletrodos são retraídos após cada ponto de solda. A área por onde passa a corrente de soldagem, a forma e o diâmetro das lentilhas de solda geradas são limitados pelo diâmetro e contorno da face do eletrodo (Metals Handbook, 1983). A resistência elétrica na interface entre as peças se situa geralmente no intervalo de 50 a 500 μΩ - mas pode ser tão baixa quanto 20 μΩ para o alumínio -, sendo necessária corrente com intensidade entre 5000 e 100.000 A para ocorrer fusão, o que também depende da condutividade térmica do metal envolvido, a qual é relativamente pequena para o aço e alta para o alumínio, por exemplo. As tensões empregadas variam de 1 a 20 V – muito raramente alcançam 30 V – com o tempo de aplicação da corrente variando entre menos de 0,01 s para folhas (chapas muito finas) até vários segundos para peças mais espessas (Machado, 1996).
Cada ponto de solda é realizado em um ciclo de soldagem, como mostrado na figura 2.1. Sendo que a freqüência da rede é de 60 Hz, 1 pulso terá a duração de: 1/60 = 0,0167s.6
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