Apostila de Macroeconomia
O termo macroeconomia foi primeiramente utilizado por Ragnar Frisch, economista dinamarquês, em 1933. A evolução nos estudos da macroeconomia se iniciou em 1930, e recebeu grande impulso com a publicação, em 1936, da famosa obra de John Maynard Keynes “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”. Tal obra reformulou conceitos como produção e emprego de tal forma que se diz ter ocorrido uma “revolução” keynesiana.
Durante a 2a metade do séc. XIX a Economia foi dominada pela Escola Neoclássica, cujas características principais eram:
O governo não intervinha na economia.
“Lei de Say”: “a oferta cria sua própria procura”, ou seja, tudo o que é produzido é vendido.
Equilíbrio orçamentário
O pleno emprego era considerado automático.
Portanto, até 1930 vigorava a chamada teoria clássica / liberal, cujos proponentes acreditavam no pleno emprego automático, onde as economias de mercado se auto-regulavam, e na lei de Say, não sendo necessária a intervenção governamental. Porém, durante a Crise de 29 isto não estava ocorrendo, pois o desemprego era grande e estava havendo superprodução.
Durante a Grande Depressão (entre 1929 e 1932): a produção industrial caiu 50% nos EUA, 30% na França e 40% na Alemanha; a deflação foi de 30% nos EUA e na Alemanha e de 40% na França; o desemprego atingiu 25% nos EUA e altas taxas também na Europa. A teoria econômica clássica, não explicando a realidade, necessitava de uma mudança. Daí surgiu a “revolução keynesiana”.
A Crise de 29 ocorreu basicamente porque a Europa, tendo se recuperado da 1a Grande Guerra, reduziu suas importações dos EUA. Isso gerou um excesso de oferta nesse país que levou a economia a se deteriorar crescentemente com o maior desemprego.
Surge John Maynard Keynes (1883-1946), afirmando que o governo deveria passar a intervir na economia para que fosse possível aumentar a Demanda Agregada para atingir o pleno emprego. Isso era considerado uma grande heresia e Keynes chegou a