Apostila Agroflorestas
Sistemas Agroflorestais
Marcelle Nardele
Igor Conde
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – Introdução aos Sistemas Agroflorestais (SAFs)
Pág. 3
CAPÍTULO 2 – Vantagens e desvantagens dos SAFs
Pág. 4
CAPÍTULO 3 – Sucessão vegetal e desenvolvimento dos SAFs
Pág. 6
CAPÍTULO 4 – Quintais agroflorestais
Pág. 10
CAPÍTULO 5 – Exemplos de Espécies utilizadas nos SAFs
Pág. 11
CAPÍTULO 6 – Planejamento, execução e acompanhamento de um SAF
Pag. 13
CAPÍTULO 7 – Experiências agroflorestais bem sucedidas
Pág. 14
LINKS INTERESSANTES
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BIBLIOGRAFIA
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CAPÍTULO 1
Introdução aos Sistemas Agroflorestais (SAFs)
1.1 O que são os Sistemas
Agroflorestais (SAFs)?
Um sistema agroflorestal é uma forma de produzirmos alimentos ao mesmo tempo em que conservamos ou recuperamos a natureza. Isso é possível porque nessa forma de produção, ao invés de retirarmos toda a vegetação original e plantarmos apenas uma cultura em uma larga extensão de terra, procuramos entender o funcionamento da natureza e imitá-la, utilizando as relações entre os seres vivos a nosso favor e estimulando a biodiversidade. Nas agroflorestas utilizamos culturas agrícolas, árvores e animais em um manejo que leva em consideração o tempo e o espaço, para o qual é muito importante o conhecimento das características de cada espécie utilizada e sua relação com as demais. A adubação é feita de forma natural, com os recursos disponíveis e com a dinâmica de ciclagem de nutrientes típica das florestas, através da poda das árvores e da adubação verde. Não utilizamos agrotóxicos nem adubos químicos, pois só causam contaminação química e mais desequilíbrio, indo contra a técnica da agrofloresta (que propõe um controle natural das pragas através do reestabelecimento do equilíbrio ecológico).
Em nosso caso, no Rio de Janeiro, a vegetação original é a mata atlântica. Quando retiramos a mata e degradamos o ambiente, a natureza tenta a todo custo se regenerar.
É aí que aparecem as “pragas” e as “ervas daninhas”,