aposentados no mercado
ALÉM, Ana Cláudia
PASTORIZA, Florinda
GIAMBIAGI, Fabio
Rio de janeiro março de 1998
Para justificar o déficit previdenciário brasileiro um dos principais argumentos é o fato de haver a aposentadoria por tempo de contribuição. Com o Brasil essa modalidade de aposentadoria só existe em sete países (Benin, Egito, Equador, Irã, Iraque, Kuait e Brasil), outro fato é que nos demais países esses aposentados estão vinculados a uma idade mínima, enquanto isso, o período de contribuição (35 anos para homens e 30 anos para as mulheres) já é o bastante para conseguir aposentar no Brasil.
Outro aspecto é que o período de contribuição brasileiro se comparado com os demais países é considerado pequeno, isso contribui para que as pessoas se aposentem muito jovem, podendo o aposentado receber mais benefícios do que o valor que contribuiu, uma vez que a expectativa de vida do brasileiro aumenta continuamente.
Segundo o autor 24% dos aposentados em 1994, eram de pessoas com menos de 50 anos e 59 % dos casos o aposentado possuía menos de 60 anos. Existe também a relação da idade das pessoas que se aposentam com a tendência ao envelhecimento da população o que proporciona ano após ano o aumento do desequilíbrio do sistema financeiro do país.
O autor propõe várias ações para melhorar o aspecto financeiro previdenciário e entre elas a equidade para o tempo de contribuição entre homens e mulheres, e adotar um número médio entre anos de contribuição e anos de vida onde para cada ano de contribuição se reduziria um ano do limite da idade para aposentadoria, no exemplo o autor sugere um indivíduo com estimativa de vida em 95 anos, esse indivíduo passou a contribuir initerruptamente a partir dos quinze anos ou seja ele aposentaria com 55 anos pois teria contribuído 40 anos.
Outro ponto seria a redução do teto do benefício das aposentadorias, isso faria com que