Apologia de Sócrates

Apologia de Sócrates por Platão.

Primeira Parte - Sócrates apresenta sua defesa.

“O que vós, cidadão atenienses, haveis sentido, com o manejo dos meus acusadores, não sei; certo é que eu, devido a eles, quase me esquecia de mim mesmo, tão persuasivamente falavam.” Assim começa a defesa de Sócrates que diante da situação na qual se encontrava onde todos duvidas de sua verdade. “Eu admiro: aquela pela qual disseram que deveis ter cuidado para não serdes enganados por mim, como homem hábil no falar.”
Ao longo desse momento Socrates mostrava sua indignação Mas, então, não se envergonham disto, de que logo seriam desmentidos por mim, com fatos, quando eu me apresentasse diante de vós, de nenhum modo hábil orador? Essa me parece a sua maior imprudência, se todavia, não denominam "hábil no falar" aquele que diz a verdade...”

Socrates ainda continua sua defesa alegando que: “...que em primeiro lugar, eu me defenda das primeiras e falsas acusações que me foram apresentadas, e dos primeiros acusadores; depois, me defenderei das últimas e dos últimos. Porque muitos dos meus acusadores tem vindo até vós já bastante tempo, talvez anos, e sem jamais dizerem a verdade...” Certo eu desejaria consegui-lo, e seria o melhor, para vós e para mim, se, defendendo-me, obtivesse algum proveito; mas vejo a coisa difícil, e bem percebo por quê. De resto, seja como deus quiser: agora é preciso obedecer à lei e em defender”

Socrates questiona a origem a acusação na qual se encontra, qual o motivo de tal acusação afirmando ser uma calúnia. “Ora bem, que diziam os caluniadores ao caluniar-me? É necessário ler a ata da acusação jurada por esses tais acusadores: - Sócrates comete crime e perde a sua obra, investigando as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil, e ensinando isso aos outros. - Tal é , mais ou menos, a acusação: e isso já vistes, vós mesmos, na comédia de Aristófanes, onde aparece, aqui e ali, um Sócrates que diz