Apologia De Socrates

441 palavras 2 páginas
1. INTRODUÇÃO Platão, como principal aluno e seguidor, toma papel de interlocutor de um dos mais fundamentais ícones da Filosofia ao transcrever e deixar, ao mundo contemporâneo, as palavras e ensinamentos de Sócrates. Nesta obra, ele apresenta a atuação de Sócrates em sua própria defesa diante da assembleia ateniense, onde este apresenta seu dom à maiêutica com maestria refutando as acusações de Meleto, Ânito e Lícon, porém, por prosseguir fielmente àquilo que acreditava, preferiu a morte, acreditando que nunca ousara violar as leis de Atenas, e por fim foi condenado à pena de morte. O acusado introduz sua defesa alegando este não obter qualquer conhecimento, ou tão pouco, que apenas dirá tão somente a verdade. Afirma também que seus acusadores não tiveram qualquer compromisso com esta ao lhe direcionar tais calúnias, como denomina, mas retendo todo o conhecimento, que ele não obtém, de retórica, este quase lhe convenceram de que ele próprio estava errado.
2. ACUSAÇÕES E FUNDAMENTAÇÕES As acusações apresentadas, mesmo mais antigas e sem referir ao caso, mas podendo interferir na decisão final: “Sócrates comete crime, investigando indiscretamente as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil, e ensinando aos outros” (p. 59) e; “Sócrates comete crime corrompendo a juventude e não considerando como deuses aqueles em que todo povo acredita, porém outras divindades novas” (p. 65). Baseando a primeira no modo como Sócrates os indagou sobre sua sabedoria, e assim demonstrou, quando não mais os julgava sábios, já que os sofistas alegavam a si próprios os mais sábios, ensinado por onde vagavam a arte da retórica, os quais eram mestres, que estes “pareciam sábios sem serem” (p. 62). A situação tendo sido, de alguma forma, mal interpretada, teria causado uma hostilidade, levando o acusador a caluniá-lo. As segunda e terceira acusações tomam por base as atitudes dos seus jovens alunos, que ao não discernir de maneira adequada os

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