apologia de socrates
Estado, introduzir novas divindades e corromper a juventude. A cidade de Atenas não podia acusar um cidadão, de modo que apenas outro cidadão poderia fazer isso, desde que assumisse toda a responsabilidade se a acusação não fosse considerada procedente pelo júri. Neste caso o acusador era o poeta Mileto (que representava a acusação oficial), junto com Ânito e Lícon, com os mesmos direitos à palavra no decorrer do processo.O relato do julgamento feito por Platão (428-348 a.C.) foi composto entre 393 e 389 a.C e é considerado bastante fiel aos fatos, sendo divido em três partes.
Na primeira parte Sócrates analisa e refuta todas as acusações, tanto as antigas como as novas, mesmo que não fizessem parte do processo, acreditando que estas poderiam influenciar na decisão dos juízes. Depois o filósofo menciona que após o
Oráculo de Delfos afirmar que ele era o homem mais sábio de sua época, iniciou uma busca para comprovar a “previsão”. Já na segunda parte após ser considerado culpado, se discute a pena que o filósofo deve receber. Sócrates propõe uma pena alternativa, como ofertar comida no Pritaneu, algo muito diferente do proposto pela acusação. O júri então sugere uma multa, mas consideram o valor desta muito baixo, já que tinha que ser um valor com o qual o filósofo pudesse arcar. Seus amigos tenta aumentar o valor da multa para torná-la justa e se oferecem para contribuir em seu pagamento, o que surte efeito contrário já que o tribunal então resolve condenar o filósofo a pena de morte, a qual ele aceita. Apesar de poder recusá-la, Sócrates opta pela pena de morte como forma de não abrir mão da sua própria consciência.
Na parte final do relato, Sócrates recebe a sentença de morte, e começa por