Apologia da História
Sobre o autor:
Nascido no dia 6 de julho de 1886, em Lyon na França, filho de Gustave Bloch (1848-1923), professor de História na Sorbonne, Marc Leopold Benjamin Bloch foi um historiador francês que se destacou por ser um dos fundadores da Escola dos Annales. Estudou em Paris, Berlim e Leipzig e foi pesquisador pela Fundação Thiers durante anos. Participou da Primeira Guerra Mundial como soldado de infantaria e após ser ferido em batalha recebeu uma condecoração militar por mérito. Após a guerra ingressou na Universidade de Estrasburgo onde conheceu e conviveu com Lucien Febvre. Em 1929 ambos fundaram a revista Annales d' Histoire Économique et Sociale que é uma referência para os historiadores até os dias de hoje. Em 1936 ocupou a cadeira de História Econômica, e sua revista acabou alcançando sucesso mundial, o que deu origem à chamada Escola dos Annales. Porém em 1939 com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a invasão dos nazistas na França, Bloch resolveu militar na resistência francesa. Foi capturado e torturado pela Gestapo e fuzilado no dia 16 de junho de 1944. Entre suas obras estão: Apologia da História, A sociedade feudal, Os reis taumaturgos e A estranha derrota.
Introdução:
Marc Bloc escreveu esta obra como resposta a pergunta de seu filho sobre qual seria a serventia da história, e tratou também sobre a questão da legitimidade da mesma voltando novamente à questão da serventia e dizendo também que permanecerá fiel aos seus antigos professores criticando-os do mesmo modo que espera que seus alunos o critiquem um dia. Logo no início da introdução, ele retrata que a civilização ocidental sempre esteve muito ligada a memória, e o fato que os gregos e latinos eram povos historiográficos e que o cristianismo era uma ciência do historiador.
O autor ressalta a diferença entre legitimidade e utilidade ao dizer que ambos não devem ser