Aplicações e ética da engenharia genética e da biotecnologia
A ética é uma temática que desde sempre ocupou a mente dos filósofos. Já no tempo de Sócrates debatiam-se os assuntos étnicos da ciência. Mas se nos dias de hoje se reconhece que o desenvolvimento social passa cada vez mais pelo pilar da ciência e tecnologia, também é fácil reconhecer que nas realizações técnico-científicas deve-se procurar como principal objetivo o bem comum a todos. Atento ás diferentes e importantes doenças e epidemias que assombram o mundo, a biotecnologia vai alterando o panorama das doenças a nível mundial. O grande objetivo passa pela erradicação de muitas doenças infecciosas que estão na origem das elevadas taxas de mortalidade, aumentando a expectativa média de vida. Da aniquilação da varíola até à SIDA, passando por outras como tuberculose ou a hepatite, fazem com que a Engenharia Genética assuma um relevante papel nas áreas de diagnostico e terapia. Os defensores desta ciência são considerados como possuidores de uma visão utilitária da natureza, favorecedores do ganho econômico em detrimento do meio ambiente e indiferente ás consequências nos seres humanos. O ponto central das criticas que lhes são dirigidas referem-se aos efeitos da biotecnologia sobre as condições socioeconômicas, assim como os valores religiosos e morais.
2. – Desenvolvimento 2.1 – A engenharia genética e a biotecnologia moderna
A tecnologia do DNA recombinante possibilita a obtenção de organismos com características novas ou não encontradas na natureza, o que permite uma nova alternativa para os melhoramentos genéticos de espécie de valor biotecnológico. Desse modo, células de bactérias, leveduras e mesmo eucariontes superiores como plantas podem ser programadas com genes exógenos, abrindo a perspectiva de produção nestes organismos de polipeptídeos de interesse, como o