Aplicação da bioestatística nos estudos da epidemiologia
Atualmente, há um grande crescimento de pesquisas realizadas na área da saúde com o objetivo de descobrir melhorias nessa área. Essas pesquisas tratam de diversas patologias, diagnósticos, tratamentos, prognósticos, dentre outros fatores que influenciam a saúde da população. Seus resultados podem ser aplicados na prática do cuidado, servindo como embasamento científico. Dessa forma, a realização desses trabalhos proporciona um grande ganho para a comunidade científica. Segundo Karpinski (2010), a neoplasia pode ser entendida como uma proliferação anormal, descontrolada e autônoma, na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de alterações nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular. A neoplasia pode ser classificada como benigna ou maligna, sendo o termo “câncer” utilizado para os crescimentos malignos. No campo da epidemiologia, segundo o Instituto Nacional do Câncer- INCA (2012), seguindo tendência mundial, notam-se, no Brasil, processos de transição que têm produzido importantes mudanças no perfil das enfermidades que acometem a população, observando-se, a partir dos anos 1960, que as doenças infecciosas e parasitárias deixaram de ser a principal causa de morte, sendo substituídas pelas doenças do aparelho circulatório e pelas neoplasias. Nas últimas décadas, o câncer ganhou uma dimensão maior, convertendo-se em um evidente problema de saúde pública mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, no ano 2030, podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer (INCA, 2012). Estudos evidenciam que a ausência da aplicação efetiva de medidas preventivas; a falta de preparo específico dos profissionais de saúde para reconhecer os primeiros sinais das neoplasias malignas (tratamento tardio) e a genética do indivíduo são alguns dos fatores relacionados à mortalidade nos casos de