Aplica Es Industriais Das Radia Es Ionizantes
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NUCLEAR
Curso de Especialização em Ciências Radiológicas
Aplicações Industriais das Radiações Ionizantes
Radioatividade
Prof. Sergio V. Möller, Dr.-Ing.
LMF – Laboratório de Mecânica dos Fluidos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Rua Sarmento Leite, 425
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Radioatividade
INTRODUÇÃO
Em 1895, Roentgen descobriu um tipo de radiação que atravessava corpos opacos, apesar de serem absorvidos em parte por eles. Esses raios têm a propriedade de excitar substâncias fosforizantes ou fluorescentes, impressionam placas fotográficas e aumentam a condutividade elétrica do ar que atravessam (ionização). Como eram de natureza desconhecida, foram denominados Raios-X. Em 1896, Becquerel estabeleceu que sais de
Urânio emitem radiações análogas aos Raios-X e que impressionavam chapas fotográficas, o que já havia sido observado em 1867 por Saint Victor, sem que se pudesse tirar proveito dessa descoberta, dada a limitação do conhecimento científico então.
Outros elementos pesados, com massas próximas à do urânio, como o rádio e o polônio, também tinham a mesma propriedade. O fenômeno foi denominado radioatividade e os elementos que apresentavam essa propriedade foram chamados de elementos radioativos.
Comprovou-se que um núcleo muito energético, por ter excesso de partículas ou de carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas.
Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido artificialmente, se transmuta (se desintegra ou decai) a uma velocidade que lhe é característica. Para se acompanhar a duração
(ou a vida) de um elemento radioativo foi preciso estabelecer um parâmetro, dado pelo tempo que leva para um elemento radioativo ter sua atividade reduzida à metade da atividade inicial.
Esse tempo foi denominado meia-vida do elemento.
Meia-vida, portanto, é o