APL Joias e Gemas
O Estado do Pará abriga a província mineral mais representativa do país. O território paraense possui a maior jazida de ferro do mundo, 80% das reservas de bauxita do Brasil. É, também, o maior produtor de ouro, com reservas estimadas em 300 toneladas. Seu mapa gemológico registra 256 ocorrências de diamantes, água marinha, ametista, berilo, calcedônia, citrino, cristal de rocha, fluorita, granada, malaquita, opala, quartzo, rutilo, turmalina, topázio, entre outras. [1]
As atividades minerais são a principal impulsionadora de resultados financeiros na economia paraense, isso decorrente dos grandes complexos industriais de capital transnacional que se concentram em determinadas regiões do estado do Pará. Baseado nesse cenário o governo do estado do Pará depara-se com a problemática de como transformar a riqueza mineral existente no Estado do Pará em fonte de desenvolvimento local com geração de renda. Já que o cenário desenhado até então, era marcado pela extração e comercialização dos minérios in natura e que deixava a margem de ações governamentais pequenos produtores e as MPMEs (Micro, Pequenas e Médias Empresas) que atuavam em atividades minerais. [2]
E em 1995, nasce a política de desenvolvimento mineral do Pará. Ela estaria voltada para o desenvolvimento sustentável e descentralizado, pautado pela observância das vocações regionais e suas peculiaridades, através da conexão entre o sistema tecnológico estadual e os diferentes arranjos produtivos locais. O objetivo dessa política era atender às principais demandas das diferentes regiões do estado, fortalecendo os vínculos entre as instâncias representativas das sociedades locais, do governo e do setor produtivo (IBGM, 2005). [1]
Nesse momento, percebe-se uma relativa união e um maior poder dos ourives e dos produtores de joias, através de sua organização como entidade de classe. Esse movimento novamente alterou a estrutura da rede de interatores, colocando esses profissionais numa posição mais