Apendicectomia

Apendicectomia Indicação da Cirurgia
A apendicite aguda caracteriza-se pela obstrução do lúmen do apêndice, o que leva a um processo inflamatório-infeccioso que pode evoluir para quadros graves. Por possuir seu óstio no cego, a estrutura pode ser obstruída por um fecalito (pequena pedra de fezes), ou mais raramente um pequeno parasita intestinal, dificultando seu esvaziamento. As bactérias que permaneceram na luz do apêndice produzem gases que ficam retidos na cavidade, causando distensão da parede do apêndice e dor. Este aumento da pressão dentro do lúmen do órgão acaba gerando isquemia. Após algumas horas de deficiência do oxigênio, a isquemia transforma-se em necrose, que estimula maior multiplicação das bactérias. Nessas situações o apêndice necessita ser removido através de uma cirurgia de emergência, a apendicectomia. Esta cirurgia deve ser realizada em caráter de emergência, pois há a possibilidade de haver uma perfuração no órgão, fazendo com que a infecção, que até o momento estava retida, acabe se espalhando para toda a cavidade abdominal, uma situação altamente perigosa e que pode levar o individuo a morte, através de complicações como a peritonite generalizada ou outros quadros infecciosos importantes. Procedimento Cirúrgico
A apendicectomia é um procedimento cirúrgico de porte I potencialmente contaminado, podendo tornar-se infectado em caso de apendicectomia supurada. É classificada como uma cirurgia urgente, devendo ser realizada até no máximo 48 horas após o diagnóstico. Este procedimento cirúrgico ocorre sob anestesia geral e pode ser classificado de duas maneiras diferentes:
• Laparotomia: Uma pequena incisão é feita na parte inferior direita do abdome com a utilização do bisturi elétrico ou bisturi bipolar e o apêndice é removido. Se houver algum foco de infecção, abscesso ou se o apêndice estiver rompido, o abdome será inteiro lavado durante a cirurgia e um pequeno tubo será deixado para ajudar a drenar líquidos e secreções.
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