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Pensamento de Parmênides de que o ser é imóvel.
Alguns teóricos tendem a considerar Parmênides e Platão como representantes do idealismo. O idealismo é uma expressão do pensamento da modernidade (séc. XVII), no momento em que a teoria do conhecimento se torna reflexão autônoma. Contudo, segundo García Morente, o eleanismo não é idealismo, e sim realismo. Quando Parmênides identifica ser e pensar, não se pode concluir que ele reduz o ser das coisas ao pensamento, pois em nenhum momento é negada a existência autônoma das coisas reais. Aliás, a filosofia antiga é “ingênua”, no sentido de aceitar o pressuposto de que “as coisas são reais”. Naquele momento, a filosofia está no seu berço e Parmênides leva até as últimas consequências o poder recém-descoberto da razão de procurar entender o mistério do mundo.
Parmênides (c.540-c.470 a.C) viveu em Eléia, cidade do sul da Magna Grécia (atual Itália) e é o principal expoente da chamada escola eleática. Sua teoria filosófica influenciou de forma decisiva o pensamento ocidental. Ocupa-se longamente em criticar a filosofia heraclitiana: ao “tudo flui” de Heráclito, contrapõe a imobilidade do ser. Para Parmênides é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo. À contradição opõe o princípio segundo o qual “o ser é” e o “não-ser não é”. Mais tarde, os lógicos chamarão a isso princípio da identidade, base de toda a construção metafísica posterior.
Parmênides conclui, a partir do princípio estabelecido, que o ser é o único, imutável, infinito e imóvel. Entretanto, não como negar a existência do movimento no mundo porque as coisas nascem e morrem, mudam de lugar e se expõem em infinita multiplicidade. Segundo Parmênides, porém, o movimento existe apenas no mundo sensível, e a percepção pelos sentidos é ilusória. Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está submetido ao princípio que hoje chamamos de identidade e de não-contradição.