AP1 _ História e Documento / CEDERJ
A autora cita que o uma das discussões historiográficas sobre a sociedade pós-emancipada foi a existência ou não de uma fronteira agrícola aberta, como elemento categórico para o entendimento da diferença comportamental dos libertos. Onde em condições de fronteira aberta, os libertos tenderiam a buscar autonomia e a criarem um modo de vida camponês. Ao contrário, onde a fronteira se encontrasse fechada, os libertos teriam que se submeter às condições de trabalho propostas pelos empregadores. Porém ela questiona a “fronteira agrária” como único dado geográfico a ser estudado e compreendido, o pós-abolição possui variáveis e preocupações diversas. Uma das variáveis citadas no texto é em relação aos direitos de cidadania dos recém libertos e novos cidadãos e o pensamento racial emergente nas novas nações em construção.
Algumas características específicas da escravidão e da população escrava passaram a ser analisadas, como o significado do conceito de liberdade para a população que o vivenciaria, onde escravos urbanos e rurais tinham uma visão diferente de liberdade. No entanto algumas atitudes foram comuns entre os escravos, como: a busca por autonomia e controle sobre tempo e ritmos de trabalho, a busca da proteção da família, pela remoção de mulheres e crianças do trabalho coletivo, a recusa de trabalho e as revoltas contra tratamentos similares a época de escravidão.
Um problema abordado no texto foi o ponto de vista dos estudos sobre o processo de abolição da escravidão no Brasil, que ocorria majoritariamente como um ponto de vista econômico e político e não da perspectiva social ou cultural.
A análise do artigo se