AP IV

“Ensaio sobre a relação epistemológica entre probabilidade e método científico”

RESUMO:

O objetivo do texto é além de fazer uma breve discussão sobre a problemática da probabilidade para sanaristas, mostrar as questões epistemológicas no uso da medicina nos dias atuais e levantar a hipótese de que o aumento da área da epidemiologia nas pesquisas produz um conhecimento no campo da medicina, aproximando as noções cientificas do conhecimento de senso comum.
O autor aborda o desenvolvimento histórico sobre o conhecimento a cerca da probabilidade, mostrando a visão de vários estudiosos e pensadores sobre esta disciplina, assim como suas divergências de ideias em relação a um conceito que fosse universal. John Graunt no século XVII propôs um método para determinar a mortalidade provável baseando-se em listas divulgadas pelas paróquias devido a serem atingidos por uma epidemia no século anterior, sistematizando obituários da população. Porém apenas no século XVIII seus postulados começaram e ser utilizados sobre os dados estatísticos com intuito de descobrir a existência de causas regulares que explicassem a ocorrência frequência dos eventos, de modo a predizer o resultado de um evento futuro.
A partir desse momento, a probabilidade ganha notoriedade, tornando-se um método universal. Passam-se os anos e diversos outros pensadores desenvolviam novos conhecimentos sobre a teoria da probabilidade, chegando a relacionar a expressão matemática com o empirismo, atribuindo poder de inferência sempre com caráter hipotético. Na inferência fundamentada no cálculo de probabilidades, a certeza é a unidade e a probabilidade uma fração.
O senso comum é composto pela percepção, uma experiência sensível e da ordem do entendimento, elaboração mental comum relativa, conceito esse muito próximo das intuições do filosofo Kant. A intuição, o bom senso, a capacidade de análise de situações parecem desempenhar papéis cruciais nas tomadas de decisão. As teorias probabilísticas, por mais