Análise
A paciente apresenta a moléstia desde a adolescência, acompanhada de fortes enxaquecas que são acompanhadas por neurologista desde que a paciente tinha 13 anos de idade e de gastrite, desde os 20 anos. A patologia teve início brando e incidioso, assim passando por toda sua adolescência relatando nesta fase apenas uma tristeza sem motivo. Na vida adulta, casou-se e envolveu-se em várias situações e estressores, como a perda de um filho que faleceu logo após o parto devido ter “passado do tempo de nascer” (sic) e de outro por aborto espontâneo aos 5 meses de gestação, o falecimento do avô materno e do pai, aos quais era muito apegada, por câncer, e ter sido abandonada pelo primeiro marido, todos eles ocorrendo em um intervalo de menos de 2 anos e que afetaram negativamente no curso da patologia, agravando-se o caso para um transtorno depressivo maior de intensidade profunda do qual se recuperou somente após 3 anos ao casar-se novamente com um vizinho que é seu atual marido e ter tido o primeiro filho, Edney, em 1986. Após isso vinha sendo acompanha por um psiquiatra que lhe fazia um tratamento puramente medicamentoso, a base de benzodiazepínicos, os quais utilizou por cerca de 2 anos e após isso, Olcadil®, apresentando resultado pouco satisfatório e queixas freqüentes de somatização que podem ser comprovadas através da quantidade de visitas a pronto-socorros por queixas inespecíficas de dores no sistema locomotor em várias partes de seu corpo, em particular lombalgias, e também a persistência de sua enxaqueca alternando períodos de melhora e de piora, e de uma gastrite antral erosiva que à época do início do tratamento no ambulatório de Psiquiatria do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP) a fazia tomar o medicamento cimetidina de maneira quase que compulsiva, chegando a utilizar 4 comprimidos por dia. Em uma dessas visitas ao Pronto-Socorro Médico do HURNP em outubro de 1998, por dores musculares em região