Análise e resumo de "Sexo e Temperamento"
Margaret Mead
Introdução
No livro intitulado Sexo e Temperamento (1979,2ªed.), de Margaret Mead é retratado como três sociedades primitivas da Nova Guiné moldam o indivíduo de acordo com o temperamento esperado para seu sexo e convívio dentro daquela comunidade e quais as implicações destas observações para as discussões sobre gênero e papéis sociais. Sobre os objetos de estudo
Apesar de homens e mulheres realizarem funções diferentes, a pesquisa de Margaret revelou entre os Arapesh a não existência de hierarquias e distinção comportamental, resultado de uma criação cheia de afeto e voltada sempre ao bem estar do outro, em especial das crianças, criando como padrão de temperamento a pacificidade. Este aspecto “protetor” é visível tanto no convívio familiar quanto no convívio matrimonial; quando uma menina, ainda criança vai morar com a família de seu futuro marido, sendo este o responsável por alimentá-la e cuidar de seu crescimento. Após atingirem a maturidade o cuidado de ambos é dirigido à chegada dos filhos, um momento compartilhado entre pai e mãe. Um fato curioso acerca da educação das crianças é que quando há o mínimo sinal de conflito entre elas, a intervenção dos adultos é imediata, como consequência, no futuro, o comportamento pacífico e até mesmo ingênuo aos olhos ocidentais permanece, devido à forma de como foram tratadas desde o nascimento.
Um comportamento contrastante aparece na tribo dos Mundugumor, na qual o comportamento feminino e masculino é violento. Tal comportamento deriva de uma disputa de poder entre familiares. Nesta tribo a hierarquização compete àquele que possuir mais esposas será mais rico, pois cabe a elas a secagem do fumo, o seu objeto de riqueza. Para conseguir mais riqueza filhas ou irmãs são trocadas por esposas, logo o confronto e a disputa perpetuam o temperamento violento para ambos os sexos nesta comunidade.
Os Tchambuli são os que apresentam maior distinção entre gênero e temperamento. As