análise: A terceira margem do rio.
Análise da história: A terceira Margem do rio, de Guimarães Rosa.
O comportamento adotado pelo pai em “A terceira margem do rio” é absurda, assim abandonando a sua linhagem para ficar no rio sem rumo, indo e vindo, não obedece ao nosso mundo natural, nos causa estranhamento, essa atitude de um homem querer se isolar da vida, do mundo em busca do desconhecido. Ao entrar em contato com o conto percebe-se que há uma inversão nos fatos, mais parece uma passagem da vida para a morte, não há reconhecimento do pai, em poder pensar que está fazendo algo errado, e voltar para a realidade. Quem realmente é punido pelo ato do pai é o filho que sofre por ele, não querendo abandoná-lo, também tem o outro lado, que o filho não quer sair dali devido os bens materiais, sendo a terra muito importante para não abandonar e continuar ali o ciclo do pai, há também o pertencimento da casa, questão vou embora e abandonar as coisas que o pai construiu, não deixando a ninguém o legado da minha existência, seria mais uma opção do filho ficar atrelado ao pai.
O menino sofre muito com os que ocorreu, pois esses acontecimentos fazem parte da sua meninice, e o pai lhe fez muita falta. “Nem queria saber de nós, não tinha afetado? – Foi pai que um dia ensinou a fazer assim...” (ROSA, p. 80).
Nesse trecho percebe-se claramente a falta que o pai fazia ao filho, e que o sofrimento era muito grande com a ausência, perante a isso ele não deixou de se dedicar e demonstrar o seu sentimento em relação ao pai, e a esperança era de revê-lo, ao tornar-se homem não deixou o pai sozinho, a própria sorte, enquanto todos entes o abandonaram, pois preocupa-se, e acha que o pai precisa de sua presença. “ Minha irmã se casou... Meu irmão resolveu e se foi... Nossa mãe terminou indo também... Eu fiquei aqui, de resto ... Nosso pai carecia de mim, eu sei ...” (ROSA, p. 80).
Aparentemente este conto passa-se no sertão, pois a temática se resume na casa que se situa