Análise textos baudrillard e morin
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Segundo Baudrillard as massas são como um nada, como força do sentido neutro.Elas absorvem a eletricidade do social e político. Uma força que é atual e está aqui e agora, e é a do silêncio. Força de inércia específica que funciona no nosso imaginário. Querer especificar o termo massa é procurar um sentido que não tem. Ela é sem atributo,sem qualidade e sem referência. Não tem realidade sociológica.É representada como generalidade,desaparecendo a polaridade do um e do outro, e essa é a causa desse vacuo e da força de desagregação que ela exerce sobre os sistemas, como consequência, a massa é incapaz de produzir alienação.A massa é o que resta quando se esqueceu tudo do social.Não é sujeito nem objeto.Conservam somente a imagem,nunca a idéia.As massas não refletem o social,é o espelho do social que nelas despedaça. É uma esfera implosiva que se anula,deixando em seu lugar uma esfera de absorção potencial. O mesmo ocorre com a informação. Seu propósito sempre é filtrar um sentido,manter as massas sob um sentido , e o que a massa quer é espetáculo.Se idolatra os espetáculos e se rejeita a dialética do sentido. A ''maioria silenciosa'' é despossuída até de sua indiferença. A política é tratada como um jogo, onde todos a levam para o lúdico.Não há mais significado social para dar força a um significado político.É o jogo e/ou o filme que servem de modelos de percepção da esfera política. O único problema verdadeiro é o silêncio da massa, o silêncio da maioria silenciosa. Jean Baudrillard remete ao terrorismo como a negação do social, e essa noção de terrorismo vai contra os termos da sociologia que pode representar a destruição do sistema. Entre terrorismo e massa passa uma energia de dispersão do social, de absorção e anulação do político. “Massas, meios de comunicação e terrorismo, em sua afinidade, triangular, descrevem o processo de implosão hoje dominante." (BAUDRILLARD, 1985: 48).
Edgar