Análise sócio-antropológica do Forró Universitário e seus ambientes de expressão
Análise sócio-antropológica do Forró Universitário e seus ambientes de expressão Resumo
O trabalho tem como propósito colocar em questão um dos mais populares ritmos musicais nordestinos: O forró. Tomando como base Observações de campo em uma das maiores festas potiguares do ano, a festa do boi.
O estilo musical
Popularizado na década de 50 e alastrado pelo Brasil através das migrações nordestinas contínuas nesse século, o forró, símbolo do nordeste, surge no Brasil no século XIX por meio de festas populares que, sem explicações claras sobre a etiologia da palavra, eram chamadas de “forrobodó”. A partir da década de 90, buscando popularizar e acompanhar a modernização, surge o chamado “forró eletrônico” ou “universitário.
Essa modernização, gerou, no início do século XXI, uma mudança de rumo da indústria musical provocada pelo fortalecimento de meios alternativos de veiculação musical, gerou um enfraquecimento no que diz respeito a produção musical gravada. Esta, antes direcionada para veiculação em rádios com o intuito de vender discos, passou a ser veiculada com o intuito de trazer o público até as casas de festa. As performances passam, a partir disso, a ser o principal produto da indústria musical e é a esse meio específico da sociedade, local importantíssimo de encontro social, que voltaremos nossos olhares nesse trabalho, mais especificamente, abrangendo um contexto local com as bandas de forró universitário e as grandes produções realizadas na cidade.
O observado no local e Impressões tidas
A exploração de campo foi realizada acompanhando um grupo de jovens naturais da cidade de Natal, Rio Grande do Norte, durante uma ida semanal comum a um show. O local que visitamos durante a ocasião foi a festa do boi, realizada no Parque Aristófanes Fernandes na mesma cidade. Várias bandas de determinados estilos iriam tocar durante a noite. A escolha dos gêneros musicais para essas atrações não está só pautada numa