Análise Social do filme "Última parada 174"
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É perceptível que o índice de desigualdade social no Brasil, é extenso e alarmante. A falta de infraestrutura, saneamento básico, educação de qualidade, irônica distribuição de renda, preconceito, falta de politicas publicas que viabilizem a manutenção da sociedade como um todo, e entre outros fatores, nos colocam nessa posição de extrema desigualdade social. No filme “Última Parada 174”, podem-se ver todos os problemas citados e mais uma lista extensa. Sandro, o protagonista do filme, foi vitima desde muito cedo da violência, que acarretou na morte da sua mãe. Sandro já vivia em uma favela do RJ, e ter a mãe ao seu lado, talvez fosse o que pudesse lhe encaminhar para algo diferente do destino de muitos e muitos jovens que vivem na favela, que são esquecidos por parte significativa da sociedade, esquecidos pelos governantes, e lembrados pelo tráfico, pelo refugio nas drogas, pela sobrevivência através de crimes. A violência é algo marcante em inúmeras cenas do filme e tratado com naturalidade. A indiferença das pessoas ao verem crianças se drogando, passando fome, vivendo como “animais inúteis da sociedade”, é algo muito preocupante, a frieza e o descaso que o assunto é tratado, é relutantemente revoltante. Não se deve “enlouquecer” com tudo que não muda instantaneamente, mas também não se deve ver a situação como algo normal, ou natural. Todo ser humano é um mundo repleto de complexidades, absurdos e belezas, e cada um deve ser entendido de forma particular; como um universo a ser explorado, e não como a parte doentia, como o câncer, como a escoria da sociedade. O capitalismo tornou os cidadãos tão fúteis que quando nada é produzido, tem-se como inútil desprezível e digno do mais espantoso descaso e falta de humanidade. Cada caso é um caso. Toda generalização é extremamente falha. Existem casos e mais casos de pessoas que começaram como o Sandro e que subiram na vida, no sentido de não se