Análise sobre a personagem amèlie poulain
Amèlie é concebida em 2/9/1973.
É uma menina de comportamento com o esperado padrão de evolução; suas brincadeiras são compatíveis com sua idade e o fato de ser filha única é um estímulo para que ela invente brincadeiras simples, sozinha, como por exemplo, girar moedas com um toque do dedo.
Dois fatos contribuíram de forma marcante para a formação da personalidade de Amélie: A convivência com um pai sempre distante e ausente, pouco propenso a carinhos e contato físico e a morte acidental e prematura de sua mãe.
O pai de Amélie era um ex-médico militar, pessoa de semblante rígido, que não sabia demonstrar afeição à filha, tinha características de uma pessoa regredida, gostava de limpar as ferramentas organizadamente e arrumar os sapatos em fileiras. O fato de arrumar e limpar as ferramentas não era uma situação de simples limpeza; ele tinha prazer em fazer aquilo; característica de pessoa obsessiva, traço desenvolvido na fase anal.
Quando o pai de Amélie a examina periodicamente e ela tem taquicardia, pelo fato de se emocionar com a aproximação tão rara do pai, nos mostra a distância que existe entre os dois. Daí vai nascer a falha na solução do Complexo de Édipo de Amélie, que virá manifestar-se subsequentemente.
O pai, que tem a fala de que não viajou enquanto a mãe dela estava viva porque não tinha dinheiro, nos demonstra uma fixação na fase anal-retentiva, o prazer de guardar o dinheiro.
A mãe de Amélie era uma professora, com aparência de ter seus 40 anos de idade, vestia-se com sobriedade e parecia ser uma pessoa fria; não gostava de ser tocada por qualquer pessoa e não demonstra iniciativas de colocar a menina no colo, ou dar-lhe um abraço, por exemplo, mas não era alguém que negasse sua presença ou estímulos, visto que, ela mesma era sua professora e passava