Análise semiótica "tecendo a manhã"
Tássyla Fernanda
SEMIÓTICA/ HOMOLOGIA/ ÍCONE, ÍNDICE E SÍMBOLO NA POESIA DE JOÃO CABRAL
Homologia: é uma relação estabelecida entre signos linguísticos e não é arbitrária, segue um estudo de estruturas diferentes e as unem num mesmo propósito, o de ligar coisas, objetos matéria, ou seja, transformar e fazer um significado. Na semiótica a homologia ocupa-se na relação de categoria semióticas entre suportes, ou seja, analisar a semelhança da estrutura do todo em partes. Também pode ser definida como dois corpos de signos que trabalham uma semelhança.
Análise do poema "Tecendo a manhã" com embasamento teórico na semiótica
Tomando como ponto de partida para análise as aulas expositivas e explicativas somadas À leitura de textos referentes ao assunto no blog denominado "Teoliterias", que expões o seguinte: semiótica e literatura fazem uma combinação perfeita desde que tentaram fugir "da noção antiga de língua, pautada na diversidade da linguagem polifônica". Diante do exposto passemos para a análise: no poema "Tecendo a manhã" há mais que a formação de um amanhecer, palavras são intencionalmente escolhidas na tentativa de ligar um verso ao outro semanticamente, versos estes que criam movimentos encadeados de sons e imagns iconizando o amanhecer. O autor do blog classifica como ícone, adjetivos e substantivos que inferem e remetem um sentido sensorial, a chamada primeiridade. Temos então, no poema, os ícones: galo sozinho (1º verso), fios de sol / seus gritos (7º verso), teia tênue (8º verso), percebemos a intenção de deixar claro que apenas um canto não será capaz de trazer a luz e anular a escuridão.
Numa segunda leitura percebemos claramente a presença de verbos que viajam entre as formas verbais, em que há flexões verbais no presente, particípio e gerúndio; os últimos designam a ideia de algo que está sempre em andamento, como o fazer poético que é algo sempre praticado pelo poeta e que é necessário um conjunto de