Análise semiótica das obras de jean marc nattier
1958 palavras
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IntroduçãoNesse trabalho será realizado um estudo da semiótica nas obras Madame Anne Henriette de France - O Fogo; Madame Louise Elisabeth, Duquesa de Parma (Madame l Infante) - A Terra; Madame Marie Adélaide de France - O Ar e Madame Marie Louise Thérèse Victorie de France - A Água, de Jean Marc Nattier.
Jean Marc Nattier, pintor francês, retrata nas obras separadamente as quatro filhas do Rei Luís XV da França, de quem era retratista oficial. Nessas, elas aparecem construindo um sentido relativo aos elementos fogo, terra, ar e água. Através de uma análise mais profunda pode-se perceber certa semelhança e uma intenção de relacionar as filhas do rei às Deusas romanas que representam estes mesmos elementos.
Forma de análise
O percurso para a análise se seguirá da seguinte forma: as obras uma a uma serão analisadas em um primeiro momento pela identificação dos elementos que compõem a cena, em seguida consideraremos uma perspectiva mais abstrata do que a composição representa. Logo, ao final das analises individuais, faz-se necessária uma análise geral das quatro obras enquanto conjunto.
Entretanto, antes de se partir para análise da obras, é importante situar o contexto em que foram criadas, para completar a instrução de leitura.
Contexto em que as Obras foram concebidas
Monarquia na França do século XVI
As obras foram criadas na década de 50 dos anos 1700, na França. No período, a França que era monarca tinha como Rei, Luiz XV. Bisneto de Luís XIV, (de quem herdou o trono aos cinco anos) que foi considerado o protótipo do conceito de Absolutismo: comandar sem nenhuma limitação imposta pela constituição ou pela legislação, definindo a sua posição com as palavras: “Eu sou o Estado (l’etat c’est moi)”. A teoria do poder absoluto apresentava o rei como representante de Deus na Terra, defensor da Igreja e da pátria, protetor das artes, legislador e representante do Estado, cujos interesses estavam acima dos interesses particulares. Os súbditos deviam-lhe