Análise - Os Intocáveis

Nesta trama forte e cativante de “Os Intocáveis” temos Philippe, um rico aristocrata francês que após um trágico acidente de parapente viu sua vida ficar limitada a uma cadeira de rodas ao ficar tetraplégico. Necessitando de ajuda com todas as suas atividades diárias, Philippe contrata Driss, um ex-presidiário que aos olhos de todos nós e de todos os amigos de Philippe aparenta ser a pessoa menos adequada a auxiliá-lo nas responsabilidades de sua regrada vida.
Ao longo do filme podemos perceber o grande choque de valores, as diferenças de realidades, de estilos, de visões de mundo ao vermos essas duas vidas colidirem e se transformarem em uma bela harmonia de inclusão e diversidade recheada de humor, amizade e fraternidade, fazendo-nos pensar nos verdadeiros conceitos de ética e moral dentro de nossa sociedade e, por que não, em nossas salas de aula.
Um relacionamento interpessoal que consegue superar as dificuldades é a base de qualquer argumento neste filme, mesmo em situações de preconceitos e pré-julgadas vemos que podemos ajudar uns aos outros sim, seja qual for nossa situação de vida. Não é necessário grandes habilidades para sermos humanos e compassivos uns com os outros. Todos temos em nós mesmos um pouquinho a oferecer que pode ser a chave para melhorar a vida de alguém, para ajudá-lo numa limitação, numa condição, num sonho a ser vivido, seja na deficiência, na pobreza, na diferença cultural, física ou emocional. Somos feitos para completarmos uns aos outros.
Essa realidade de maneira nenhuma pode ser ignorada também dentro da pedagogia. Assim como os protagonistas juntos são enriquecidos, alunos e professores exercem um papel semelhante em sala de aula. Acredito em alunos e professores que se relacionam, o professor deve levar em conta a dificuldade do aluno e se envolver em ajudá-lo a construir uma aprendizagem significativa para o futuro, a superar suas dificuldades, a conquistar seu futuro, ainda mais com os alunos que precisam de auxílio redobrado