Análise Organizacional
MILÊNIO
Os seres humanos, assim como as organizações, têm construído, ao longo dos tempos, estratégias eficazes para sobreviverem, com estabilidade. Os humanos sempre que estão diante de uma perturbação ao seu estado de repouso, lutam para que se estabeleça o ajuste que o leve de volta à situação de quietude.
As organizações, por sua vez, quando estão diante das turbulências procuram fazer mudanças que lhes restituam o equilíbrio.
A maioria dos modelos de Gestão Organizacional orienta para esse equilíbrio dinâmico. Sempre que há um desvio do padrão estabelecido, prontamente o sistema faz as mudanças para que o processo como um todo volte à normalidade. Esse conceito é uma das contribuições mais marcantes da abordagem sistêmica das organizações. Mas, será fácil conseguir reproduzir essa estratégia no terceiro milênio?
Nas situações atuais de turbulência, a capacidade de definir e trabalhar com os negócios essenciais é um desafio cada vez mais perturbador. A concorrência é cada vez mais pesada entre negócios completamente diferentes. A questão fundamental das organizações no século XXI será enfrentar essa crescente complexidade competitiva. Neste ambiente empresarial complexo e turbulento, a mudança é vital para sobreviver. Para entendê-las, os gestores precisam viabilizá-las e não evitá-las (Zuck, 2010). Porém, em geral, eles pressupõem que, após efetuar a mudança necessária, é preciso retornar ao estado de equilíbrio. Este é um erro profundo, pois as turbulências não cessarão e, nova sensação de instabilidade virá se instalar. O efeito da mudança pode ser pequeno. A teoria de sistemas trouxe, também, a idéia do feedback, que tem dois aspectos: um, regulador, que impede que os desvios destruam os sistemas; e outro potencialmente destruidor, chamado de feedback positivo, que os fazem explodir (Morin; 2001). Nesse sentido, a verdadeira mudança se dá na criação de um estado que, pelo menos de