Análise institucional
Esse trabalho consiste em uma análise institucional baseada no olhar psicológico e a realidade cotidiana de uma instituição de produção seriada de suportes que se adaptam a vários tipos de aparelhos de televisão. Os dados foram oriundos de um processo fictícios pelos alunos de psicologia.
Gradativamente, permanecem dois títulos a significar os trabalhos “junto às instituições”, como se costuma dizer: Psicologia Institucional e Análise Institucional. Seriam elas a mesma coisa? A rigor, não. Vejamos:
Psicologia Institucional é um termo cunhado por J. Bleger, psiquiatra argentino de orientação psicanalítica inglesa, que em certo momento, buscou aliar psicanálise e marxismo para pensar a atuação do profissional em psicologia, para além das práticas terapêuticas e consultorias. Em nome dele e por meio de seus escritos, nos idos de 1970, a Psicologia Institucional cruzou fronteiras e, assim, apesar dos efeitos da repressão política que forçava os mais inquietos a “falarem de lado e olharem para o chão”, novos ares pareciam poder soprar nestes brasis.
Trabalhar com psicologia institucional, portanto, é trabalhar com uma determinada abordagem psicanalítica específica. E, como Bleger o define, com essa abordagem, toma-se a instituição como um todo, como alvo da intervenção. Em seu livro Psicohigiene e Psicologia Institucional (Bleger, 1973/1984), fica claro que o psicólogo opera com os grupos, desde os de contato direto com a clientela até a direção, por meio de um enquadre que preserva os princípios básicos do trabalho clínico psicanalítico, bem como suas justificativas. Ainda: a compreensão que tem das relações interpessoais guarda uma formulação muito interessante: a da simbiose e ambiguidade nos vínculos e ele mesmo aproxima essa compreensão às ideias de M. Klein a respeito de posições nas relações de objeto; mais do que ao conceito de narcisismo em Freud (BLEGER, 1977/1987).
Análise Institucional, por sua vez, é o nome dado