Análise global - violência contra a mulher
Implicação na escolha do objeto: O processo de escolha do nosso objeto ocorreu da seguinte forma: a princípio, foi levantada a possibilidade de escolhermos o assunto relacionado a "idosos", pelo fato de termos uma integrante do grupo estagiando na UNATI, entretanto, chegamos a conclusão de que "violência contra mulher" instigava mais a nossa atenção.Decidimos então, de maneira consensual (entre as integrantes que estavam presentes no dia) que o presente estudo teria por objeto a violência contra a mulher.
Escolhemos este assunto porque é um fenômeno de alta freqüência que pode ocorrer em todos os setores da sociedade, independentemente da religião, nível educacional, cultura, nível salarial, raça ou grupo étnico, de sua classe, etc. Acreditamos também que o fato do nosso grupo ser composto apenas por mulheres, implicou na escolha do objeto.
Breve Histórico: A prática da violência contra o gênero feminino ao longo da história não é fruto da natureza humana e sim do processo de socialização das pessoas. Era consenso social que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”, então o que acontecia dentro da unidade domiciliar não dizia respeito nem à polícia, à justiça, à vizinhança, à comunidade, à sociedade ou mesmo ao resto da família. Se esses atos fossem repetidos no espaço público com certeza causariam horror nos transeuntes, com a pronta intervenção policial. Mas, até há pouco tempo, esses atos eram considerados assuntos de “esfera privada”. Entende-se, assim, por que, quando há referência a estudos sobre a posição das mulheres no direito ou na sociedade, ocorre a divisão entre a esfera pública e a esfera privada. Argumenta-se que há décadas a divisão entre espaço público e privado foi construída com base em uma distinção hierárquica entre os gêneros masculino e feminino. O homem sempre teve como seu espaço o público e a mulher foi confinada no espaço privado, qual seja, nos limites da