Análise Geográfica do Texto Nem tudo é Urbano
VEIGA, J. E. . Nem tudo é urbano, Ciência e Cultura (SBPC), São Paulo, SP, p. 26 - 29, 01 abr. 2004
O texto intitulado “Nem tudo é urbano” do professor titular de economia da USP José Eli da Veiga, nos apresenta de forma explicita uma discussão sobre a criação e tamanho de cidades e a importância do meio rural para a economia das nações, além disso, ele propõe a idéia de que não é possível misturar desenvolvimento com urbano esquecendo o meio rural. O autor logo de início, nos faz um questionamento sobre um tema apresentado em várias sessões do último encontro anual da ANPUR (Associação Nacional de Planejamento Urbano e Regional), em que a questão colocada pelo autor foi: “será apropriado afirmar que tudo é urbano?”. De acordo com o autor, existem mudanças semânticas no debate público, pelas quais, refletem as hesitações intrínsecas ao enunciado de novos projetos para sociedade, ressaltando que as novas noções em torno da organização do debate público são muito imprecisas, fluidas e ambíguas. O autor também argumenta que muitos acreditam que o processo de urbanização é tão poderoso que a histórica contradição urbano-rural venha a desaparecer, e a peculiar definição brasileira de cidade apenas ajuda a reforçar essa suposição. Veiga defende que de acordo com o último censo demográfico há quase três anos, não existe país que conte mais cidades que o Brasil, onde possuía 5.507 cidades. E destaca a menor delas, “União da serra” que se situa no nordeste gaúcho e possuía exatos 18 habitantes. Além desta, o autor nos conta que existem 90 “cidades” com menos de 500 habitantes. Então Veiga nos questiona novamente: “seria mesmo uma cidade lugar com tão poucos moradores?” Ele responde de maneira simples onde argumenta que no resto do mundo não, mais no Brasil há cidades que segundo ele mais parece um presépio, onde a definição brasileira de cidade é