Análise filme

“É tortura, agonia e é êxtase, transcendência” (BAHIANA, 2010). Com a direção de Darren Aronofsky, Cisne Negro se tornou um dos filmes mais comentados do ano de 2010, ano de seu lançamento, que narra uma releitura moderna de O Lago dos Cisnes, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Foi indicado ao Oscar 2011 como Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante e rendeu a atriz Natalie Portman o prêmio de Melhor Atriz.
O filme retrata a história de Nina (Natalie Portman), uma doce e meiga garota que é escolhida para substituir a primeira bailarina da companhia que faz parte (Winona Ryder) que está para se aposentar, assumindo o papel de “rainha dos cisnes”, da peça clássica O Lago dos Cines. Nina é filha de uma antiga bailaria desta companhia que teve que abandonar a carreira por causa de sua gravidez (Barbara Hershey), e por isso carrega um grande compromisso com a mãe sobre sua carreira. Com o início dos ensaios, Nina sente uma grande pressão de sua mãe, de seu diretor Thomaz Lorrel (Vincent Cassel) e de si mesma para chegar a perfeição do papel, o que leva ela a barreira entre a realidade e ficção. No fim, durante sua apresentação, Nina assume totalmente a ficção, esquecendo da realidade, e por fim, morre ao “interpretar” a morte do Cisne Negro, onde ela mesmo se esfaqueia em uma de suas ilusões, assumindo a história real da peça. No filme Cisne Negro a personagem Nina representa uma bailarina que vivencia a experiência de atuar em uma peça muito importante, mas a historia da vida de Nina em si baseia-se no enredo da trama de O Lago Dos Cisnes, e ela acaba por viver a historia da peça. O filme é muito psicanalítico e pode-se enquadrar em diversas teorias relacionadas à psicanálise. Segundo Duarte (2012), Nina é extremamente induzida pelo ideal de ego de sua mãe, que pode ser comparada com o bruxo da peça, que a cobiça e enfeitiça, com um controle exagerado que acaba por se tornar uma verdadeira maldição, e ela sede a todos os desejos da mãe tornando-se