Análise filme black swam
A premissa de Black Swan, com uma história pós-contemporânea refletindo o balé O Lago dos Cisnes (e a fábula que lhe deu origem) e apresentada como um thriller psicológico, já é intrigante. O elenco com Natalie Portman, Mila Kunis, Winona Ryder e outros também seria um bom motivo para conferir o filme, mas o fato de ser dirigido por Darren Aronofski foi o principal atrativo para mim. Sempre gostei muito dos filmes dele e alguns estão entre meus favoritos de todos os tempos. E posso garantir que, mais uma vez, ele não me decepcionou.
O roteiro mostra a jornada de Nina (perfeccionista mas insegura) nos bastidores do mundo do balé. Mas, na verdade, é sobre uma garota lidando com o fato de que não é mais uma menina. Ela começa a sofrer as dores (físicas e emocionais) de se tornar numa mulher adulta e esta é a sua verdadeira transformação. Parte disso é descobrir a própria sexualidade e também sua independência.
Outro ponto importante (não só da trama como do amadurecimento de qualquer um) é a realização de que ela não é perfeita... e nunca será. Até então, Nina sempre foi uma menina que queria ser perfeita para obter a aprovação e afeto da mamãe. Mãe esta que, ao envelhecer, percebeu que ela mesma não era perfeita, não havia conseguido atingir seus objetivos ou realizar seus sonhos e por isso passou a projetar tudo isso na filha. Só que esta demanda obsessiva mais as inseguranças da própria garota começam a cobrar seu preço. Nina fica cada vez mais perturbada e instável.
Natalie Portman tem uma atuação magistral representando todas as nuances desse subtexto tão rico. Fora o trabalho físico que demandou dela uma preparação e treinamento implacáveis (que, como podemos ver na tela, valeu a pena). Mas creio que tudo isso também deve tê-la ajudado a refletir em Nina toda essa dedicação. Não é nenhuma novidade que Portman é uma boa atriz mas aqui ela consegue em um único trabalho mostrar uma