Análise filme "Amor" - Personagem Cláudia
Análise
Sabemos que o ser humano desenvolve-se através de seu contato, das relações que estabelece com o mundo, com outros seres humanos, e consigo mesmo, bem como estas relações estão permeadas também por construções históricas e a culturais que o ser humano está inserido. No que se refere as relações amorosas que estabelecemos em nossas vivências, podemos tentar compreender como se dão as escolhas que fazemos na busca de nossos parceiros por algumas maneiras.
Partindo do pressuposto de que o modo com que buscamos nossos parceiros amorosos em nossa atual dinâmica cultural está diretamente ligado a uma construção do que podemos nomear de “amor moderno”, o qual está fortemente enraizado na cultura ocidental, podemos dizer então que estas relações estão pautadas na crença da fidelidade entre homens e mulheres, na busca de uma completude, a felicidade.
Contudo, somos levados a refletir como, enquanto sujeitos de nossa história de vida, nos deixamos “seduzir” por tal ideia que conscientemente ou não se enraíza em nosso imaginário, como as ideias trazidas por Cláudia, personagem principal desta análise em alguns momentos de seu relato no filme. Além disso estas ideias estão pautadas na ideia de moral que também se entrelaça as crenças religiosas sobre a vivência de nossa sexualidade.
Enquanto construção psíquica, trazemos conosco um acarbolso baseado em como se origina nossa sexualidade, entendendo que ela advém de nossa vivência desde bebês (lugar de origem de nossa construção psíquica) que perpassa as relações com, com nossa mãe, pai, sobre como fomos empobrecidos ou valorizados nesta relação, o que irá dar sustentamento a nossas vivências e escolhas sexuais.
Em sua história familiar, Cláudia relata que suas relações eram estabelecidas pelo uso de violência, por conta de seu pai contra ela e seu irmão. Revela que não sabia dissociar o amor que achava que ele sentia pelos filhos, da violência que se legitimava para ele. Teve uma educação