ANÁLISE EXISTENCIAL
Neste capítulo o autor ressalta o encontro com o filósofo Kierkegaard, que deixa algumas reflexões referentes ao problema existencial da morte. É apresentado então “o psicanalista Kierkegaard”, que se acordo com o autor o auxiliou muito em sua formação clínica. O capítulo fala da relação íntima entre a psicologia e a religião.
Uma frase que me chamou bastante atenção e que acredito que fica claro esta relação entre a Psicologia e a Religião é: “a melhor análise existencial da condição humana leva diretamente ao problema da existência de Deus e da fé”. Nesta mesma linha de pensamento Becker aponta o paradoxo existencial sendo este o início comum da psicologia e da religião, o problema da consciência da morte é o mito bíblico da Queda. Outra frase de bastante impacto é quando o autor relata que “a angústia da morte é a angústia característica, a mais intensa angústia do homem”, o mesmo acredita numa tendência destas duas formas culturais no sentido de acender este fato. Podemos identificar como um ponto comum entre a psicologia moderna e Kierkegaard quando dizemos que “o homem é uma união de contrários, de autoconsciência e de corpo físico”, portanto, um indivíduo que vivencia o paradoxo de ser animal, único, homem próprio, anjo, demônio mas que tem “consciência do terror do mundo e de sua morte e deterioração”.
Becker aborda ainda o grande conhecimento de Kierkegaard pelos mecanismos psicológicos de negação da morte. Onde até o século XIX a ideia do caráter como uma “estrutura erguida para evitar a percepção do ‘terror, perdição [e] aniquilamento [que] são vizinhos de todo homem”. Segundo o autor, Kierkegaard “entendia a psicologia tal como um psicanalista contemporâneo a entende: sua tarefa é descobrir as estratégias que uma pessoa usa para evitar a angústia”. A intenção do filósofo era compreender os mecanismos adotados pelos indivíduos na tentativa de viveram sem perturbação existencial. São então citadas duas maneiras