Análise estética - pulp fiction
Pulp Fiction foi um filme lançado em 1994 nos Estados Unidos e é considerado um marco do cinema moderno. Ele foi dirigido de uma forma altamente estilizada por Quentin Tarantino, que inovou em vários aspectos. O filme conta três histórias entrelaçadas, que se passam em Los Angeles, nos anos 90. Tarantino foge á ordem cronológica de uma maneira peculiar, assim como seu roteiro. Os diálogos são ultrarealistas e intensos, e o cenário sempre constrastante e colorido, causando uma mistura muito eficaz de violência e ironia. Foi indicado a sete Oscar, incluindo melhor filme. Os filmes de Tarantino têm características em comum: a fixação do diretor pela cultura pop e violência explícita faz com que eles sejam cheios de sangue e personagens únicos, que criam um mundo paralelo entre si. Com 154 minutos de duração, o seu roteiro tem uma estrutura circular não cansativa, que se encaixa perfeitamente.
O diretor de arte foi David Wasco, e o de fotografia, Andrzej Sekuła. Junto com Tarantino, eles criaram cenários e iluminação perfeitos para compor a história do filme. O filme tinha de ser violento, mas de uma forma não-assustadora. Assim, ironia e humor fazem parte de todas as cenas, mesmo as mais sangrentas.
A arte é única, e “organizadamente desorganizada”. A iluminação, composição, sonorização e todos os elementos que a compõe estão intimamente ligados e são fundamentais para dar o aspecto natural e intenso de Pulp Fiction. Os elementos estão sempre em afinidade com a mensagem que deve ser passada e a câmera com pouco movimento faz com que os personagens dêem vida ao filme.
A narrativa é altamente dinâmica, com takes rápidos e muita movimentação, mesmo que discreta. Os personagens estão sempre envolvidos em situações únicas e intensas. Os cenários não poderiam ser montados de outra forma a não ser com muitas cores e contrastes. A iluminação é clara, natural, ora mais carregada, ora mais difusa. Ela realça a composição e a