Análise- Entre o Vernáculo e o Híbrido: a partir do Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal
Escola de Arquitetura
Licenciatura Mestrado Integrado em Arquitetura – 1º ano
Ano lectivo 2011/2012
Unidade curricular: Antropologia
“ Entre o Vernáculo e o Híbrido: a partir do Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal.”
Trabalho realizado por:
Nuno Filipe Carvalho Sampaio, nº 64909
Durante o século XX, a Arquitetura e a Antropologia andavam de par a par, pois seguiam caminhos independentes mas ao mesmo tempo paralelos. Devesse ao facto de ocorrem várias mudanças socias durante esse período, que levou a uma restruturação da própria arquitetura e antropologia, que sie deixaram influenciar uma pela mutuamente. Durante a propagação do estado novo produziu-se um estilo arquitetónico que queria desenvolver arquitetura genuinamente portuguesa, assente no regime ditatorial surgiu a Arquitetura Popular. que resultou na publicação nos anos 60 do livro “Arquitetura Popular em Portugal” e levou a um inquérito à arquitetura popular.
A Arquitetura Popular torna-se assim uma expressão consagrada entre os arquitetos para falar de Arquitetura Rural portuguesa. Adquire carácter autêntico, genuíno e espontâneo, predominantemente rural, sem autoria individual, mas sim coletivo, o povo, e baseia-se num conjunto de dicotomias, que tanto incluem como excluem aquilo que pode ou não ser popular, para manter as ideias nacionalistas.
Os arquitetos modernos do Inquérito queriam comprovar como era possível a arquitetura moderna ser semelhante a arquitetura popular, não a renegando, mas tornando-a assim numa fonte de inspiração para a produção moderna. Os arquitetos procuravam soluções estéticas parecidas com o moderno, a par dos antropólogos que pretendiam documentar a casa como um instrumento agrícola.
Mas, o Inquérito à Arquitetura Popular não mostrou um lado que essa conceção de popular não deixava ver, deixando de fora aquilo que era considerado “malfeitorias”, aquilo que esteticamente poderia ser desadequado,