Análise econômica do setor de biocombustiveis
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1. Introdução e Fundamentação Teórica: De acordo com as pesquisas desenvolvidas na Agencia Nacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível que é consumido no mundo é de origem fóssil (carvão mineral, petróleo e gás natural), porém a hipótese é de que as reservas mundiais girem em torno de 100 bilhões de toneladas e se o consumo continuar nos níveis atuais, utilizado de maneira abundante pela sociedade, esse estoque só dará para aproximadamente mais 30 anos. Existem enormes jazidas de rocha com óleo, o xisto betuminoso, que superam os já referidos 100 bilhões de toneladas, mas os custos ainda são elevados, é possível, porém, que em breve torne-se economicamente viável, contudo tais recursos além de altamente poluentes e alguns deles com processo de alto custo são também finitos, ou seja, irão se exaurir da natureza com o tempo. A descoberta de que o petróleo é uma fonte esgotável, ocorreu na década de 70, quando aos poucos, os países do Oriente Médio foram adquirindo a sua independência política, mas sem ter o controle da sua principal riqueza. Até tal década, tinham mais de 90% da sua produção petrolífera controlada por sete companhias, as chamadas “Sete Irmãs”. Entre as décadas de 60 e 70, a economia mundial estava totalmente dependente do petróleo, sem ele não havia progresso. Cientes desta dependência, os países produtores decidiram unir suas forças, rompendo com o cartel das “Sete Irmãs”. Surgia a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP (OPEC, em inglês), formada pelos principais produtores de petróleo do mundo para unificar o preço do produto, promovendo um cartel internacional e controlando a oferta do produto no mercado, e a luta contra as grandes companhias petrolíferas começou a ser travada, com vitórias lentas, mas definitivas, para os países produtores do óleo negro. Não só interesses econômicos moveram esta luta, mas principalmente, políticos. O conflito entre árabes e israelenses, marcados pela Guerra dos Seis Dias,