Análise dos poemascamonianos
622 palavras
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IIEm meo olhar vereis a nostalgia - a
Senhora, dona de meo coração, -b
E muy padeço e sofro atra paixão - b
Vivendo só por vós em agonia! -a
Não sinto mais o riso de alegria - A
Sem vosso olhar sequer de compaixão - B
E he tam triste viver nesta soidão - B
A definhar, Senhora, noite e dia... - A
Minh’alma escrava que vossa alma adora - C
Há de ficar assim embevecida - D
Ao vosso olhar tão lindo e encantador!... - E
Per hum momento só, bella Senhora, - C
Volvei a mi o vosso olhar, querida, - D
Que feliz morrerei por vosso amor!... - E
Rimas ABBA – ABBA – CDE - CDE
III
Pudesse eu, fermosa creatura, - A
Viver a contemplar vossa belleza...B
Findava de meo peito essa tristeza B
E terminava a minha desventura!... -A
Pudesse eu ver-vos sempre que a amargura -A
Que invadia o meo peito com certeza-B
Havia de fugir vendo-vos presa -B
Cheia de amor e eu cheio de ventura! -A
Pera esta vida já sem esperança - C
Pera minh’alma já desiludida- D
Pera meo peito a se sangrar de dor... -E
Sois vós, Senhora, o bem que não se alcança -C
O resumo feliz da minha vida – D
Sois vós fermosa, a dona deste amor!... –E
Rimas: ABBA – ABBA – CDE – CDE
Rubens de Mendonça nasceu em Cuiabá em 1915, filho do historiador Estevão de Mendonça, escreveu entre outros o livro “História da literatura Mato-Grossense”, sua produção que tem mais destaque.
Sobre a principal obra de Mendonça, Soraia escreve: “A obra de Mendonça ocupa duas vias. A primeira refere-se a ter debruçado sobre a tarefa de registrar uma história de nossa literatura, a segunda, a ter sua obra orientado estudos e outras histórias da literatura mato-grossense. Mendonça buscou construir a imagem de uma literatura em processo de formação, colada à construção de uma identidade para o Estado de Mato Grosso. Reconhecer a maioridade de nossa produção literária significa, reconhecer também uma identidade cultural pra Mato Grosso.”