ANÁLISE DOS MODOS DE PRODUÇÃO E NORMAS NO FILME A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
Para tanto proferiam “quando vocês entram ainda está escuro e quando saem já está escuro”, “o sol não brilhará para vocês”, “estão perdendo oito horas de suas vidas”. Este grupo reproduz valores radicais e extremistas, pois almejam resultados rápidos a qualquer custo. Os empregados por sua vez, não os ouviam.
O sistema visava o lucro é claro, para isso controlava e aumentava os tempos de produção sem no entanto aumentar os salários, os empregados eram tratados como máquinas, discurso presente principalmente na fala do Lulu, porém mesmo percebendo isso ele não se questionava, já que estava lá, apenas operava como se realmente fosse uma máquina, até porque gostava muito de dinheiro e quando recebia um valor a mais pelo que produzia, sentia-se satisfeito. Mas não percebia que trabalhava tanto para comprar coisas que não lhe eram necessárias.
O comportamento estritamente operacional de Lulu irritava os seus companheiros, pois este encontrava sempre maneiras, muitas vezes não seguras de aumentar sua produção, ajudava na determinação dos novos tempos de produção, com isso os outros eram obrigados a acompanhar seu “ritmo”, sob pena de multa se questionassem, pode se perceber contradições e antagonismo no comportamento de Lulu, pois no sentido mencionado anteriormente os valores retratados por Lulu eram prejudiciais a ele e a seus companheiros, porém ele o fazia mesmo assim, pois segundo o pensamento dele já que estava lá, devia trabalhar, pois não havia outra coisa a se fazer. E quando chegar em casa assistir televisão, alienando-se cada vez mais, para replicar as ideias do sistema, sem pensar sobre ele. Este cenário caracteriza a infraestrutura, ou