ANÁLISE DO E-BOOK CALIGARI
Segundo David Robinson (2000) é mais fácil exibir do que delimitar um estilo claro do expressionismo alemão.
Os expressionistas nunca propuseram um estilo ou teoria específicos, mas antes se caracterizaram pela aceitação de tudo que era antiacademicista.
Norbert Lynton (1993) afirma que nunca houve propriamente um movimento expressionista. Robinson (2000, p. 41) concorda que a palavra não se refere a um estilo único:
“expressionismo” escreveu um de seus ativistas,
Herwald Walden, fundador da galeria Sturm e da revista do mesmo nome, “não é um estilo nem um movimento; é uma Weltanshchuung (percepção do mundo)”. Suas manifestações foram tão numerosas quanto os grupos
“expressionistas” que surgiram nos centros
Urbanos de toda a Alemanha e Áustria-Hungria.
Essa percepção do mundo teve as mais diversas influências, do fauvismo ao cubismo, passando pelo futurismo até o construtivismo, mas suas origens remontam a fontes mais antigas. Podem ser encontradas na arte gráfica germânica do tempo da reforma protestante, um livro publicado em 1918 em Munique mostra essa semelhança nas iluminuras do séc. VIII ao XV, comparando-a com a arte expressionista. (Livro: Miniaturas expressionistas na Idade Média Alemã).
Também o gótico e o romantismo tiveram grande influência sobre o expressionismo alemão, principalmente no filme do Gabinete.
Goya, Blake, Delacroix e Friedrich foram notáveis colaboradores numa campanha de introspecção e, em certa medida, de questionamento social , que varreu de uma ponta à outra todos os campos da arte (...). O renovado romantismo do final do século XIX tornou-se a base imediata do expres- sionismo moderno (LYNTON, 1993, p.25-26).
Também foi influenciado pelos pintores Munch e Vicent Van Gogh, que criaram uma arte violentamente comunicativa. A influencia da Art Noveau veio com “as possibilidades tanto expressivas quanto decorativas do traço, cor e forma”. (LYNTON, 1993, p. 26).
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