Análise do Urbanismo e a Tecnotopia
De acordo com os modelos propostos e seus idealizadores, é possível analisar que estes eram, além de arquitetos e urbanistas, tecnotópicos. Projetavam um modelo de melhoria para as cidades considerado utópico, talvez solução única para os problemas de determinado momento histórico. Pensavam em soluções à frente de seu tempo, visionários, talvez os primeiros conceitos das mudanças e melhorias presentes na atualidade.
Tecnotopia refere-se à uma tecnologia utópica, a idealização de um modelo tecnológico ou um método diferenciado que utiliza estruturas complexas, a técnica que levassem a uma arquitetura ou urbanismo futuristas. Os tecnotopistas, arquitetos e urbanistas que procuravam soluções para melhorar a realidade da época através da tecnologia, criaram uma metodologia associada à máquina e voltada à eficiência técnica e à qualidade do ambiente construído. Essa visão assemelha-se aos filmes de ficção científica.
Os modelos urbanos surgiram da necessidade de criar soluções e melhorias para o caos gerado pelo crescimento desorganizado das cidades.
O modelo urbano progressista se orienta pela utopia e racionalidade. É traçado conforme as necessidades urbanas: trabalho, habitação, lazer e saúde. De acordo com Choay sobre o modelo proposto por Tony Garnier, “a cidade industrial tem como princípio a separação das funções urbanas e a exaltação dos espaços verdes”, e medidas sanitárias para garantir higiene são fundamentais. A lógica e a beleza devem coexistir. Charles Fourier e Le Corbusier são referência do modelo urbano progressista, também associada à escola francesa.
O urbanismo culturalista apresentado por Ebenezer Howard mostra que o problema das superpopulações era causada principalmente devido à migração do campo para a cidade, característica predominante no século XIX a partir da revolução industrial. Para ele, a solução poderia vir do modelo da cidade-jardim. Max Weber e